20170722

Egómetro político

Sempre que há um cartaz por detrás haverá sempre algo de propaganda. Vejamos o que este que publico nos diz embora concorde que estamos melhor, sem dúvida: ainda bem que a frente pafiana se desvanesse aos poucos. No entanto  gostaria de lançar algumas questões nos pontos 1, 4 e 5.

Ponto 1 - Os números do empregoa apresentar deveriam ser líquidos,  ou seja, dos 175 mil retirar os novos desempregados que entretanto surgiram; aí sim teríamos informação útil e não enviezada. Mas também será necessário contabilizar o que esses novos empregos perderam em salário real, face ao que auferiam há 10 ou 15 anos atrás...

Pontos 4 e 5 - Preocupa-me seriamente o nosso endividamento externo. O país continua a produzir menos do que aquilo que consome. Assim teremos, mais cedo ou mais tarde, uma morte inevitável.

Os portugueses, na sua grande maioria, continuam sem se preocuparem em consumir produtos nacionais ou com forte componente nacional, pois são esses produtos que contribuirão para a redução do défice externo, ou seja, para melhoria da riqueza nacional. Se deixássemos de importar produtos supérfluos, que em nada nos acrescentam (ex.: importação de literatura de cordel,  se deixássemos de promover e importar concertos, filmes, músicas, etc... de qualidade duvidosa, deixássemos de adquirir gadgets, bens alimentares, veículos, roupas que em nada melhoram a nossa vida, etc, etc,...) e passássemos todos nós a promover mais os produtos culturais ou perecíveis  nacionais, talvez melhorássemos um pouco.

Quando vou a alguma loja tenho sempre a preocupação de seguir os produtos de componentes nacionais (ean 560): prefiro legumes, frutas, carnes, enlatados, etc... de produção nacional e por aí fora. Como exemplo, chego ao 'ridículo' de raramente usar pastilhas elásticas por não encontrar de fabrico português ... apenas Gorila... ou de pedir aos funcionários das lojas para exibirem as etiquetas das caixas de produtos para eu verificar a sua origem. Infelizmente noutras situações não posso aplicar este princípio mas aí, nos que não podemos evitar deveríamos ter as nossas exportações a colmatar e compensar o saldo das contas com o défice. Deveríamos mesmo contar com os senhores deputados e governantes para melhorar esta eficiência para alavancar o país; mas infelizmente não posso... pois promovem os fatos/calçados italianos, os perfumes franceses, os carros alemães, as férias gregas ou espanholas, as marcas inglesas.... raramente vestem ou exibem marcas nacionais... e isso entristece-me.

Não sou nacionalista, apenas defendo o comércio de proximidade ou local e tento comprar o que faz melhorar o mundo mais próximo de mim.

E com isto termino:  enquanto houver défice externo NUNCA PODEREMOS ESTAR MELHOR. Isso será sempre ficção.

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